Criar para mobile pede empatia
Para Joanna Monteiro, CCO da FCB e presidente do júri da categoria Mobile do Wave Festival, para criar para mobile é preciso empatia.
Meio & Mensagem
19 de abril de 2017 - 12h26
Para Joanna Monteiro, CCO da FCB e presidente do júri da categoria Mobile do Wave Festival, para criar para mobile é preciso empatia. “Se colocar no lugar do outro e pensar: o que faria diferença para o consumidor? E como fazer isso garantindo a melhor experiência? Mobile é sobre experiência”. Acompanhe a entrevista na íntegra abaixo:
1) O número de pessoas que tem um smartphone não para de crescer. Com isso, cada vez mais o volume de campanhas publicitárias voltadas para essa plataforma segue o mesmo movimento. Quais são os desafios para as agências ao desenvolver campanhas publicitárias bem-sucedidas voltadas para um público que consome uma informação cada vez mais veloz e objetiva?
No Brasil o smartphone é o primeiro e, talvez seja o único, computador de muita gente. Ele é quase parte da pessoa, então, fica fácil se comunicar, mas também fica muito fácil ser invasivo. Vamos ter que aprender a falar, aprender a bater na porta. O grande desafio será encontrar essas portas.
2) O que almeja o público que hoje consome informação em uma plataforma com tela pequena?
Informação pode ter qualquer tamanho. Também o entretenimento, a comunicação, a conexão e a experiência. Eles têm que ser bons. Para isso precisam ser pensados no formato certo.
3) Você foi reconhecida como uma das profissionais mais criativas do mundo. O que um criativo de sucesso deve ter para se destacar no desenvolvimento de campanhas voltadas para o mobile?
Deve ter empatia. Se colocar no lugar do outro e pensar: o que faria diferença para o consumidor? E como fazer isso garantindo a melhor experiência? Mobile é sobre experiência. Tem que ser rápido e relevante. Existe um mundo no mobile, o mundo mais interessante para cada um dos consumidores. Você tem que ser relevante dentro de cada um destes mundos. É duro, é difícil.
4) Quais são os quesitos que serão levados em conta para eleger os melhores trabalhos nessa categoria?
Criatividade, inovação e a experiência. Mobile é uma categoria que a gente pode testar os trabalhos. Isso faz toda a diferença na hora de julgar.
5) O Wave Festival completa 10 anos em 2017. Qual sua avaliação a respeito do amadurecimento do evento ao longo de suas edições?
O Wave Festival colocou o Brasil no circuito dos grandes festivais de criatividade e hoje é um hub criativo importante no nosso mercado. Nestes 10 anos ele foi fórum de discussões importantes que nos ajudou a acompanhar as mudanças pelas quais o mercado vem passando. Sem falar que são 10 anos lembrando que o Rio de Janeiro tem que se reinventar e seguir fazendo parte fundamental da indústria da propaganda no Brasil.
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